NASCIDOS PARA CORRER !!

Sejam bem vindos.
Espero que este Blog, possa trazer um bom conteúdo, se você chegou aqui é porque temos algo em comum: Amor a Corrida !
Giba Angelucci Junior
junior.angelucci@gmail.com

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Lesões mais comuns entre atletas de corrida

Uma dorzinha aqui, outra acolá, um músculo que "pega" depois do oitavo quilômetro, aquela fisgada na panturrilha quando o percurso é íngreme… todo corredor tem um rosário de dores familiares, que aparecem com certa frequência e geralmente não incomodam muito, apenas o lembram do esforço físico realizado naquele momento. Entretanto, por ser uma atividade de alto impacto e totalmente viciante, a corrida produz algumas lesões que pedem atenção e tratamento. Nada tão grave, por enquanto: a tríade da fisioterapia, o descanso e o gelo costumam resolver.
Indicaremos as dores mais comuns que acometem os atletas de corrida:

Entorses de tornozelo:
Corredor de rua já sabe: volta e meia um buraco aparece no caminho e lá se vai o pé, pisando meio fora, meio dentro, estirando ou até mesmo rompendo os ligamentos do tornozelo. Em geral, gelo e repouso são suficientes para reduzir a inflamação e cicatrizar a cartilagem lesionada. Entretanto, se a dor for muito intensa e persistir é importante procurar um ortopedista que avalie a lesão e o libere para o retorno aos treinos.

Tendinite no tendão de Aquiles:
O tendão de Aquiles é o ligamento que vai do calcanhar até a panturrilha, onde se insere. Quando inflamado, provoca dor durante caminhadas e trotes curtos e mesmo a sua ruptura parcial pode vir a necessitar de cirurgia.
Para tratá-la procure um ortopedista e um fisioterapeuta, reduza treinamentos em ladeiras e aplique gelo. Em alguns casos, os treinos têm que ser abandonados por um período, para que o tendão seja totalmente recuperado.

Dor patelo-femural:
É a dor mais comum entre corredores e talvez por ser a que mais incomoda de todas, é a de mais difícil indicação: a dor é difusa, ocorre no joelho como um todo e o corredor não sabe indicar exatamente onde é o ponto dolorido. Além disso, pode aparecer horas após o treino, como durante uma sessão de cinema em que a perna fica na mesma posição.
Trata-se de uma inflamação na articulação que une a patela do joelho e o fêmur, o osso da perna. Ocasionada por falta de alongamento e excesso de treinos, o tratamento é super simples: alongue-se bastante, antes, durante e depois do treinamento, e fortaleça os músculas das pernas com sessões de musculação na academia, focando especialmente o quadríceps femural (parte anterior da coxas).

Canelite:
Mais uma das campeãs entre os corredores, a canelite é uma dorzinha que aparece na região da frente da canela e se intensifica se o treino for realizado em subidas. Como em quase todas as lesões, é o resultado de alongamento mal feito e excesso de esforço. Gelo e antiinflamatórios sob prescrição médica costumam resolver o problema.
Importante: A gente lembra também que, é necessário fazer um aquecimento antes de pegar pesado na corrida e que usar um tênis adequado ao seu biotipo e à sua pisada são fundamentais para evitar quaisquer problemas.

AS LESOES DOS TENDÕES FIBULARES
As lesões dos tendões fibulares são frequentes na prática esportiva e muitas vezes não são diagnosticadas, mas devem ser consideradas em todo paciente que apresentar dor crônica na região lateral do tornozelo. As torções do tornozelo são consideradas as lesões esportivas mais freqüentes e mais de 40% dos indivíduos, que sofreram torções, apresentarão dor lateral crônica no tornozelo.
Cada membro possui dois tendões fibulares, o fibular longo e o curto, que podem sofrer lesões ao longo da vida, tais como inflamações, degenerações, roturas e subluxações (deslocamentos). Cada diagnóstico apresenta uma evolução característica, portanto todas as informações são importantes para a determinação das modalidades de tratamento e para a obtenção de um resultado favorável.
Os tendões fibulares são estruturas tubulares, que caminham juntas em grande parte de suas extensões, mas que se fixam em ossos diferentes do pé. Possuem grande importância nos movimentos do pé e tornozelo durante a marcha e a corrida.
A função principal dos músculos fibulares é a de realizar o movimento de EVERSÃO do pé, um dos movimentos fundamentais durante a fase de apoio do pé no solo e de grande importância na PRONAÇÃO do pé e tornozelo durante a corrida. A EVERSÃO é caracterizada pelo movimento da borda lateral do pé, que se dirige para a face lateral da perna, enquanto a sola do calcanhar fica apontada para fora da linha de progressão da corrida.
A PRONAÇÃO por sua vez é composta de movimentos em três planos diferentes e que permitem que o pé se adapte às superfícies do terreno durante a fase de médio apoio. Os movimentos que compõem a pronação são: 1.ABDUÇÃO DO ANTEPÉ: movimento caracterizado pelos dedos do pé apontando para fora da linha de progressão da corrida, 2.DORSIFLEXÃO DO TORNOZELO: movimento caracterizado pela região anterior do pé angulada para cima, gerando uma aproximação do dorso do pé com a face anterior da perna, 3. EVERSÃO DO RETROPÉ.
Os tendões fibulares conferem juntos uma função de estabilização lateral do tornozelo, especialmente durante a fase de médio apoio durante a marcha e a corrida.
A identificação das fontes da dor crônica no tornozelo pode ser uma tarefa difícil devido as muitas possibilidades diagnósticas. A história clínica minuciosa, o exame físico adequado e os exames de imagem (radiografias simples, ultrasom e ressonância magnética) são fundamentais para um diagnóstico preciso.
Pacientes sedentários beneficiam-se melhor com tratamentos conservadores, enquanto pacientes mais ativos podem necessitar longos períodos de tratamento, mediante a utilização por prescrição médica de analgésicos, antiinflamatórios, fisioterapia, correção dos distúrbios biomecânicos e até métodos mais invasivos, como os cirúrgicos.
Bons treinos e cuide das suas dores !
Adaptado do texto de: Rachel Juraski (Nike Blogger)


sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Limiar Anaeróbico e como ele é relacionado com o lactato

Estava navegando pela NET procurando algo interessante para me aprofundar nos treinos e conseguir uma melhora em meus desempenhos, e me deparei uma matéria muito interessante escrita pelo Prof° João Vicente de Moraes Neto, que achei importante acompanhar com os amigos e seguidores do Blog....

O que é o Limiar Anaeróbico e como ele é relacionado com o lactato?

Está foi e ainda é uma área de certa controvérsia. Não há um claro consenso sobre o que este termo significa e muitos cientistas esportivos preferem eliminar este termo em geral. Porém, o termo é ainda regularmente utilizado por técnicos, livros sobre treinamento e por alguns cientistas esportivos. Se há uma falta de concordância na terminologia, há pouca discordância nos conceitos de treinamento associado com tal terminologia.
Inicialmente, alguns cientistas esportivos pensavam que houvesse um ponto de esforço onde o corpo passasse a utilizar energia anaeróbia. Este ponto correspondia a uma repentina mudança nos padrões de consumo de oxigênio comparado com a produção de dióxido de carbono assim como rápida acumulação de lactato no sangue. O motivo para este rápido acúmulo é a maior utilização do sistema anaeróbio devido à falta de oxigênio. Portanto este ponto foi chamado de Limiar Anaeróbio. Atualmente, muitos cientistas preferem não utilizar o termo Limiar Anaeróbio. Já que isto pouco se deve a uma possível redução de oxigênio.
Muitos cientistas tem utilizado termos diferentes como "Limiar Lático" ou "Início da Acumulação de Lactato no Sangue". Porém, o termo Limiar Anaeróbio continua sendo o termo favorito utilizado por técnicos e atletas. A abreviação LA (Limiar Anaeróbio) tem se tornado parte integral da terminologia de treinamento.
O termo Limiar Anaeróbio é utilizado para descrever o fenômeno que ocorre com todos os atletas – sendo o máximo esforço ou velocidade em que se produz um nível constante de lactato no sangue. Qualquer aumento acima deste nível tanto em velocidade ou esforço, causará um aumento continuo do lactato ou ácido lático, o que pode eventualmente causar o atleta a encerrar a atividade. A eventual cessação da atividade dependerá do evento ou tipo de atividade, tipo do atleta (força e resistência) e condicionamento. Outros termos comumente utilizados são "Estado Máximo de Equilíbrio de Lactato" (EMEL) e "Limiar Anaeróbio Individual" (LAI).
O termo LAI tornou-se popular pois muitos originalmente pensavam que o Limiar Anaeróbio quase sempre se encontra em torno de 4 mmol/l6. Vários cientistas esportivos tentaram enfatizar que o Limiar Anaeróbio ocorre em diferentes níveis de acumulação entre 2 MMOL/L e 6 MMOL/L. O Limiar Anaeróbio também pode variar entre esportes para um mesmo indivíduo. Atletas que participam em triatlon não devem utilizar níveis fixos de lactato para todas as modalidades envolvidas.
Em nossos documentos estamos utilizando o termo "Limiar Anaeróbio", mas mais recentemente passamos a utilizar o termo "Limiar Lático" (LL) para descrever o EMEL.
Também não há um consenso quanto à significância deste termo. Uma alternativa para o uso do termo é a descrição e um nível de lactato de 1 MMOL/L acima do nível de base (considerada a quantidade de lactato produzida em um ritmo lento utilizado para recuperação ou aquecimento). Este é aproximadamente o nível de lactato mantido por um maratonista durante a prova.
O aumento nos níveis de lactato é uma indicação de que algumas fibras musculares não estão sendo capazes de agüentar a carga aeróbicamente. Porém outras fibras tem a plena capacidade aeróbia, e estas acabam utilizando o lactato produzido nas fibras de capacidade limitada. Abaixo do Limiar Lático, todo o lactato produzido está sendo utilizado para energia aeróbia. Quando medimos o lactato na corrente sangüínea, estamos medindo a quantidade de lactato em movimento. Grandes quantidades do mesmo acabam se locomovendo para fibras com capacidade aeróbia disponível e acabam sendo convertidas novamente em piruvato e processadas aeróbicamente. Acima do Limiar Lático, o mesmo é acumulado devido ao corpo não ser capaz de utilizá-lo.
Alguns cientistas esportivos referem-se a ambos limiares, um correspondente a 1 MMOL/L acima do nível de base, e o outro correspondente ao EMEL. Diferentes programas de treinamento utilizam níveis diferentes como o LL. A idéia básica e que a maioria dos programas são construídos em torno do Limiar Lático ou Estado Máximo de Equilíbrio de lactato.

Controle dos Níveis de Lactato

O aumento nos níveis de lactato é uma indicação de que algumas fibras musculares não estão sendo capazes de agüentar Aeróbicamente a carga. Porém outras fibras tem a plena capacidade aeróbia, e estas acabam utilizando o lactato produzido nas fibras de capacidade limitada.
Abaixo do Limiar Lático, todo o lactato produzido está sendo utilizado para energia aeróbia. Quando medimos o lactato na corrente sangüínea, estamos medindo a quantidade de lactato em movimento. Grandes quantidades do mesmo acabam se locomovendo para fibras com capacidade aeróbia disponível e acabam sendo convertidas novamente em piruvato e processadas aeróbicamente. Acima do Limiar Lático, o mesmo é acumulado devido ao corpo não ser capaz de utilizá-lo.
O ritmo que produz 1.0 MMOL/L. acima do nível de base corresponde a aproximadamente ao ritmo de uma “maratona”. Portanto, é de alta importância que corredores de longa distância estejam cientes deste nível e analisem seu progresso através de possíveis mudanças deste ponto relacionadas com o treinamento. Um atleta bem condicionado pode correr, pedalar, nadar, ou remar por um período extensivo neste ritmo. Triatletas que participam do "Ironman Triathlon" também competem a níveis similares.
Para a maioria dos atletas, o outro limiar ou "Limiar Lático" é o ritmo mais importante para se conhecer. O Limiar Lático (lembre-se que estamos utilizando o termo no sentido de Estado Máximo de Equilíbrio de lactato) é o ritmo mais forte que um atleta consegue manter sem que haja um acúmulo adicional de lactato. Se o atleta aumentar seu ritmo, haverá um stress ainda maior na musculatura e uma maior adaptação de fibras que normalmente não são recrutadas até que níveis acima do Limiar Lático sejam atingidos.
Porém, esforços acima do Limiar Lático geram excesso na produção e acúmulo de lactato, e consequentemente um menor período de esforço muscular. Portanto o volume total da atividade é também menor. Freqüentes esforços a níveis acima do Limiar Lático podem danificar a estrutura das células musculares.
A importância de se conhecer e planejar de maneira adequada seus treinamentos, são justamente para não correr o risco de trabalhar por longos períodos dentro de níveis muito acima do limiar do lactato.

Por quanto tempo pode um atleta manter o nível de esforço nestes limiares?

Obviamente isto varia dependendo da condição física do atleta, treinamentos recentes, composição muscular, dieta alimentar, tolerância por desconforto, condições do meio-ambiente, e outros fatores. O ritmo de 1.0 MMOL/L acima do nível de base pode ser mantido por longos períodos de tempos. O atleta está queimando grande porcentagem de gordura como fonte de energia neste ritmo. Há uma quantidade substancial de gordura presente no corpo humano que pode durar longos períodos (mesmo se o indivíduo possuir baixos níveis de gordura corporal). Uma grande porcentagem do treinamento para corredores de longa distancia é direcionada a treinar os músculos para utilização de gordura como fonte de energia.
Um atleta pode normalmente treinar no Limiar Lático por aproximadamente 60 a 90 minutos. O fator limitante passa a ser a fonte de energia (glicogênio), o que dependerá’ de treinamentos anteriores e dieta alimentar. Quando o suprimento de glicogênio atinge níveis extremamente baixos, os músculos não são capazes de manter o ritmo ou esforço no Limiar Lático. O corpo precisará entre 36 e 72 horas para que as reservas de glicogênio sejam elevadas novamente.
É fácil entender que mesmo para atletas de alto nível, controlar as variáveis de treinamento e respeitar o descanso é de grande importância para sua evolução e segurança.

“Tire o máximo de si mesmo, pois isso é tudo o que se pode fazer”

Bons treinos!
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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Nutrição e Corrida


Por.Dra. Juliana Pizzocolo Martins
Alimentação pré-corrida:

Na refeição anterior ao treino, o ideal é consumir alimentos ricos em carboidratos com baixo índice glicêmico, ou seja, carboidratos que são absorvidos lentamente pelo organismo. Assim, eles serão liberados aos poucos durante a corrida, evitando-se a hipoglicemia, que é a queda da taxa de glicose no sangue.
Como a falta de carboidratos causa fadiga e queda de desempenho, treinar em jejum é totalmente contra-indicado. Também não se deve comer logo antes de correr. Se essa refeição for um lanche, pode ser feita duas horas antes do exercício; se for um almoço, deve ser feita três a quatro horas antes. Se algum alimento permanece no estômago ao se iniciar o exercício, o atleta pode se sentir nauseado e com um certo desconforto, uma vez que o fluxo sangüíneo será desviado do sistema gastrointestinal para os músculos. Para não correr o risco de sentir fome na hora da corrida, como uma fruta (banana, maçã, mamão ou pêra) 15 minutos antes do treino.

Depois da corrida

O processo de recuperação envolve a restauração dos estoques de glicogênio do fígado e dos músculos, além de reposição de líquidos e eletrólitos perdidos através do suor. É importante ingerir carboidratos imediatamente após o exercício para que a reposição do glicogênio muscular seja completa. Consuma alimentos ricos em carboidratos com alto índice glicêmico, porque a absorção é rápida. A quantidade ideal é de cerca de 100g de carboidrato nos primeiros 30 minutos após o exercício. A adição de 5 a 9g de proteína a essa recomendação ajuda na produção do glicogênio muscular.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O que esperar dos organizadores de provas em 2010?


Salve PessoALL !

Estava passando pelos Blog´s de corrida e encontrei essa material excelente no Blog do nosso amigo Claudio ( Numero de Peito ) e não poderia deixar de reproduzi-lo aqui, por se tratar hoje de nossa realidade.

Um dos meus ultimos post, fiz criticas aos preços abusivos cobrados pela Corpore, porém o conteúdo abaixo, além de mais completo, mostra a realidade das principais organizadoras de eventos de corridas de São Paulo !


Leiam, pois vale a pena......




Be Happy

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

5º Corrida Oral-B Prevenção do Câncer Bucal

ESTAREI PRESENTE !

No dia 31 de janeiro será realizada a tradicional Corrida Oral-B Prevenção do Câncer Bucal. Como de costume, a prova conta com um percurso de 7km percorrido na Zona Norte de São Paulo.Essa 5ª edição marcará o início do calendário de corridas Corpore 2010 e será a primeira oportunidade dos corredores pontuarem para o Ranking Corpore Atletas. Para quem já está pensando na Camiseta Corri Todas, essa prova será substitutiva. Às 8h, na av. Santos Dummont, será a largada do percurso que passará por largas e conhecidas avenidas como a Brás Leme e Olavo Fontoura. Ao completarem o percurso todos os atletas recebem medalha. Os cinco primeiros colocados na categoria geral e dentistas serão premiados com troféus.
Como já aconteceu nas edições anteriores, a prova contará com uma ação social: 10% da renda obtida com as inscrições serão repassadas a Casa Safira, entidade que recebe adultos e crianças que vêm a São Paulo para o tratamento de câncer, mas não têm como custear a estadia prolongada que a quimioterapia exige. Para mais informações acesse http://www.casasafira.com.br/. Os corredores também terão a opção de fazer uma doação no ato da inscrição. As inscrições já estão abertas. Não perca tempo e garanta a sua. Associados Corpore e dentistas* R$50; não sócios R$65. *Nesse ano, os dentistas poderão fazer sua inscrição com desconto também pela internet.

Adriano Bastos vence Maratona da Disney e fatura o heptacampeonato


O brasileiro Adriano Bastos confirmou o favoritismo e venceu no último domingo (10) a Maratona da Disney, em Orlando, Flórida, pela sétima vez, sendo a sexta consecutiva. O atleta já entrou para a história da competição como o maior vencedor e tem como meta conquistar 10 vitórias.Desta vez a largada foi mais cedo do que de costume, às 5h40, momento em que ainda era noite em Orlando, com frio de quatro graus negativos e sensação térmica de menos 12 graus. Bastos não teve vida fácil como nos anos anteriores em que liderou praticamente de ponta a ponta, já que um brasileiro e dois americanos o acompanharam nos primeiros quilômetros sempre colocando pressão.A partir do quilômetro 17 (11ª milha) o americano Jay Lumpkins abriu em relação aos adversários, mas Adriano não deixou que ele escapasse muito, já que na passagem do quilômetro 25 apertou o ritmo e ultrapassou o também brasileiro Fredison Costa e mais um americano.Pouco depois ele assumiu a liderança, mas por pouco tempo, já que Fredison deu o bote para cima de seu compatriota e se manteve na frente até o quilômetro 35. Ao ver que o título poderia escapar, Adriano encontrou forças para acelerar e alcançar o primeiro lugar, posição que manteve até cruzar a linha de chegada com 2h22min08, seu tempo mais alto em todas as edições da Maratona americana."Hoje foi uma prova diferente do que estou acostumado, pela primeira vez sofri a pressão de atletas ao meu lado e justo num dia em que a temperatura não ajudou em nada, estava um frio absurdo durante toda a prova, o maior dentre todas as edições”, desabafa o heptacampeão. “Devido ao frio e o corpo mais travado, o tempo também acabou sendo bem mais alto que o normal”, completa.O público presente aplaudiu muito o brasileiro, que mais uma vez cruzou a linha de chegada com uma bandeira do Brasil e outra dos Estados Unidos nas mãos. “Foi uma vitória sofrida, mas estou muito feliz com este resultado. Não tem explicação o que se sente vencendo a mesma prova pela sétima vez, ainda mais aqui que e pura diversão”, relata Bastos que se diz aliviado por ter correspondido às expectativas da torcida.Após tanto esforço e dedicação ele ficará uma semana em Orlando na companhia de sua esposa para curtir as atrações dos parques temáticos. Essa é a única semana do ano em que ele fica sem treinar e tem como única atividade física andar pelos parques.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Correr ou Andar, o que é melhor ????


Por Dr. Nabil Ghorayeb
Essa tem sido a pergunta mais freqüente dos últimos tempos! Do ponto de vista cardiovascular, qualquer exercício físico é útil e, inúmeras pesquisas pelo mundo comprovaram que pelo menos 30 minutos diários de atividade física moderada, ou seja, trote (60 metros por minuto) na maioria dos dias da semana (quatro a cinco dias) resulta em enorme benefício para o coração. Além disso, associar o fortalecimento muscular ao treino aeróbico melhora ainda mais a condição do praticante.


A diminuição do risco de um ataque cardíaco se aproximou dos 35% nos praticantes regulares de exercícios físicos moderados, por cinco anos. Essa importante informação científica foi divulgada pelo Ministério da Saúde dos EUA (NIH), fazendo com que a prática de atividade física fosse incentivada em vários países. E, para os idosos com mais de 75 anos a prática do andar lento e regular, mudou completamente a qualidade e até a quantidade de vida deles.

Uma pesquisa realizada no Havaí por mais de 20 anos, com descendentes de japoneses que lá vivem, comparou idosos ativos com sedentários e concluiu que os ativos viviam muito mais e melhor. Desde o ano 2000, a Federação Mundial de Cardiologia (World Heart Federation) recomendou que fosse estimulada a atividade física simples como a caminhada acelerada para todos. Ela não exige treinamento, técnica, equipamentos ou instrutores e nós cardiologistas brasileiros seguimos essa recomendação.

E a corrida? A resposta é: desde que você esteja em boas condições médicas poderá ser praticada. Os benefícios cardiovasculares são os mesmos da caminhada acelerada, porém alguns cuidados devem ser tomados para diminuir os riscos de problemas ortopédicos e cardiovasculares e, sem dúvida é necessária avaliação e orientação médica prévias.

Para aqueles que têm antecedentes familiares diretos e pessoais com alguma doença cardiovascular, idade superior a 40 anos (homens) e 45 (mulheres), indicamos consulta especializada, eletrocardiograma, teste ergométrico realizado por cardiologista, além de alguns exames de laboratório. Se for só caminhar sem correr, não há necessidade de teste ergométrico e, para os adolescentes e jovens, não atletas, basta uma consulta especializada e eletrocardiograma e alguns exames de laboratório.

Para os caminhantes e corredores, mais algumas recomendações gerais:

1. Ao ar livre, escolha lugares sombreados e arejados, de preferência longe da poluição dos escapamentos dos veículos;

2. Proteja-se do sol, usando camisetas permitam suar naturalmente, evitando a desidratação provocada por vestimentas de poliéster/nylon;

3. Nunca saia em jejum, coma uma fruta ou algo leve e tome muita água aos goles;

4. E, não esqueça, antes e durante sua caminhada ou corrida, use um calçado em bom estado e com ótimo amortecedor.

Devo lembrar que, as crianças devem ser estimuladas a praticar atividades físicas, porém esta prática deve ser mantida pela vida toda. O indicado para as crianças são esportes coletivos pelo maior e melhor convívio com outros. O esporte individual para a criança não é ruim, porém requer um acompanhamento e orientação mais cuidadosa da família e do técnico, para obter-se uma boa formação psicológica. Ótimos jogadores iniciantes, pela cobrança da família e amigos, viraram jogadores apenas medianos quando adultos. Portanto, até os 12 anos estimular os esportes coletivos além do individual é o ideal, pois como os resultados serão divididos nesse ambiente aparecerão futuros líderes.

ATENÇÃO: os benefícios para a saúde, adquiridos na prática da atividade física regular, só serão mantidos caso ela seja regular e não por curtos períodos. Não existe “poupança de benefícios do exercício físico” para o futuro. Esportistas jovens que depois se tornaram sedentários tiveram a mesma porcentagem de doenças cardiovasculares dos nossos criticados sedentários, os que nunca haviam praticado um esporte antes!

Autor: Dr. Nabil Ghorayeb, Doutor em Cardiologia pela FMUSP e Especialista em Cardiologia e Medicina do Esporte

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Coquinho - " Esperava mais dos brasileiros "

Empresário e treinador de um grupo de atletas africanos no Brasil, Moacir Marconi, mais conhecido como Coquinho, ficou decepcionado com o desempenho dos brasileiros na edição de 2009 da Corrida Internacional de São Silvestre, disputada em São Paulo na última quinta-feira.
"Na verdade, eu esperava um pouco mais dos brasileiros. Não sei o que aconteceu e competição é competição. A gente nunca pode prever muita coisa. Mas eu esperava um pouquinho mais do que eu vi", declarou Coquinho, que também já disputou algumas edições da São Silvestre. Apontado como principal esperança do Brasil na prova, Franck Caldeira chegou apenas na 23ª colocação (47min55s). Giomar Pereira da Silva, também cotado ao pódio, terminou na 42ª posição (49min20s). "Ou seja, eles apenas completaram a corrida", pontuou Coquinho.
Pelo segundo ano consecutivo, o pódio da prova masculina da São Silvestre não contou com representantes do Brasil. O queniano James Kipsang venceu com o tempo de 44min40s, seguido por uma dupla compatriotas. Para completar o grupo dois cinco melhores, dois colombianos chegaram na sequência.
Na prova feminina, no entanto, o Brasil foi maioria no pódio. Treinada por Coquinho, a queniana Pasalia Chepkorir ganhou ao registrar 52min30s. Depois da sérvia Olivera Jevtic, Marily dos Santos repetiu o resultado de 2008 e foi a terceira colocada (53min35s). Maria Zeferina Baldaia e Cruz Nonata da Silva completaram o grupo.
Desta forma, o trio de brasileiras superou concorrentes de peso como a etíope Derartu Tulu, dona de duas medalhas de ouro olímpicas nos 10 mil metros e campeã da São Silvestre de 1994, e a queniana Margarete Okayo, que triunfou na edição de 2003 da prova paulistana e tem dois troféus da Maratona de Nova York.
"Não me surpreendi com o desempenho das brasileiras. A Marily colocou a São Silvestre no calendário e mostrou que o Brasil tem qualidade. Não tem esse negócio de ser estrangeira ou não. Ela veio, fez o trabalho dela e foi terceira", disse Coquinho.

Kipsang promete fazer 43min10s e bater recorde de Tergat

Campeão nas temporadas de 1995, 1996, 1998, 1999 e 2000, Paul Tergat é o único a reunir cinco títulos da Corrida Internacional de São Silvestre. Em sua primeira vitória, o queniano cravou 43min12s, marca que permanece imbatível. Depois de vencer a edição de 2009 da prova, James Kipsang passa a mirar os feitos do compatriota.
Em 2008, ele venceu a São Silvestre logo em sua primeira participação. Um ano depois, repetiu o feito na capital paulista. Em 1996, temporada em que conquistou o bicampeonato, Paul Tergat tinha 27 anos. James Kipsang, por sua vez, festejou o segundo título com um ano a menos.
"Eu acho que é possível, porque é minha segunda vez aqui. Em 2009, eu não estava muito confiante para vencer e consegui. No meu calendário desse ano, vou ter tempo suficiente para treinar para essa prova. Se me convidarem, eu volto contente para tentar ganhar de novo", disse o queniano no primeiro dia de 2010.
Questionado sobre o recorde estabelecido por Tergat há 15 anos, ele simplesmente prometeu batê-lo. "Eu acho que é possível. Se estiver bem treinado, posso fazer isso. É possível fazer 43min10s. Eu vou fazer!", disse Kipsang no saguão do hotel que abrigou os atletas de elite e seus treinadores.
Ex-recordista mundial de maratona, Paul Tergat conta com três dos cinco melhores tempos da história da São Silvestre. James Kipsang, por sua vez, reúne o 13º e o 14º melhores tempos, atrás de brasileiros como Marilson Gomes dos Santos, Franck Caldeira, Ronaldo da Costa e empatado com Emerson Izer Bem.
O mesmo atleta não vencia a São Silvestre em dois anos consecutivos desde que Paul Tergat foi tricampeão nas temporadas de 1998, 1999 e 2000. Depois de conquistar o bicampeonato da prova paulistana, James Kipsang se prepara para participar de uma Meia Maratona em Porto Rico no começo de fevereiro.

Os 15 mais da São Silvestre

01 43min12s Paul Tergat (QUE) 1995
02 43min20s Simon Chemwoyo (QUE) 1993
03 43min49s Marilson Gomes (BRA) 2003
04 43min50s Paul Tergat (QUE) 1996
05 43min57s Paul Tergat (QUE) 2000
06 44min04s Arturo Barrios (MEX) 1991
07 44min07s Franck Caldeira (BRA) 2006
08 44min08s Simon Chemwoyo (QUE) 1992
09 44min11s Ronaldo da Costa (BRA) 1994
10 44min15s Tesfaye Jifar (ETI) 2001
11 44min21s Marilson Gomes (BRA) 2005
12 44min35s Paul Tergat (QUE) 1999
13 44min40s Emerson Izer Bem (BRA) 1997
13 44min40s James Kipsang (QUE) 2009
14 44min42s James Kipsang (QUE) 2008